segunda-feira, 23 de março de 2009

Porquê o Fado

E porque é importante informarmo-nos sobre a natureza dos eventos que dinamizamos neste espaço é, igualmente, importante partilhar convosco as principais razões que nos moveram a levar o Fado à Taverna dos Trovadores: as raízes portuguesas e sua história.
No portal do Fado - http://www.fado.com/ - encontrámos muita informação interessante sobre a sua história e não só. Abaixo transcrevemos um pequeno extrato de texto que aí recolhemos.
E é já próximo Sábado que vamos ter a nossa terceira Noite de Fado. Connosco Lenita Gentil e Natalino de Jesus, a abrilhantar a festa fadista de São Pedro de Sintra.

Reservas:
Fernando Pereira
tel. (+351) 96 70 50 536

Até já!

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A alma dos portugueses

O fado não é apenas uma canção acompanhada à guitarra. É a própria alma do povo português. Ouvindo as palavras de cada fado pode sentir-se a presença do mar, a vida dos marinheiros e pescadores, as ruelas e becos de Lisboa, as despedidas, o infortúnio e a saudade. A grande companheira do fado é a guitarra portuguesa. Juntos, fado e guitarra, contam a essência de uma história ligada ao mar.
O fado, por ser de todos os portugueses, está na taberna e no salão aristocrático. Surgido na primeira metade do século passado, depressa se tornou na canção popular de Lisboa. Desde então, manteve sempre as sua características de expressão de sentimentos associados à fatalidade do destino. O fado está marcado pelo phatos das tragédias da Grécia clássica.
A canção emblemática de Lisboa é também indissociável dos seus bairros mais típicos. Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa são os seus mais autênticos berços. Por esta razão, ouvir o fado é conhecer Lisboa. É também conhecer os portugueses, no mais profundo da sua alma de povo que enfrentou o mar desconhecido.
E, por ser uma canção nacional, o fado está igualmente marcado pelo atracção que a aristocracia boémia sentiu pela ruas e vielas de Lisboa, pelas tabernas e pelas mulheres. O fado foi partilhado por fidalgos, por vadios e por marinheiros. No regresso ao salão aristocrata, trouxeram o fado para que fosse acompanhado ao piano.

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